Dor de Cabeça...
ônibus da Novo Horizonte sem ar condicionado, sem banheiro e sem água mineral deixa a Rodoviária de Guanambi às 15:30 em ponto.
Às 15:32, há alguns metros da rodoviária, o ônibus pára.
Paulinha me olha e diz: me lembra de nunca mais viajar contigo... Eita falta de sorte!
Falta de sorte é o caralho! Eu sou muito é sortuda, imagina se esse trem quebra lá na curva da morte, hein!?! – eu me defendendo. Ou defendendo a minha sorte, não sei.
A questão é, saímos da rodoviária, novamente, às 17h.
E eis que o ônibus não quebrou mais, mas eu não dormi – tive calor – os amortecedores do velho carro de transporte intermunicipal tavam... quer dizer, eles não tavam. Se existiram algum dia, esse dia foi há pelo menos meio século.
Mas isso tudo valeu...
O peso que carreguei até o táxi valeu a carne de sol, lingüiça da roça, o queijo, requeijão, alho de verdade e doce de leite que trouxemos.
Os outros quinhentos quilos que Paulinha levou até o táxi valeu cada livro que trouxemos de lá pra atualizar a leitura – ou somente pra olhar pra estante e pensar “quando será que eu lerei cada um deles?”
Nhan... a muchilona que trouxemos com as roupas de Marquinhos que ficaram lá não valeu de nada!
Nada mesmo...
Andar por aquelas ruas e saber que muita coisa – ou nada – havia mudado foi muito bom!
Andar pela Humberto de Campos – rua do fundo de minha casa – e ver que tinha um prediozão legal e novo lá me deixou com um sorriso de felicidade;
Andar um pouco mais e ver Pio – aquele primo ícone que não faz nada desde sempre – seguindo a mesma rotina de molhar a grama da frente da casa dele SENTADO firmou o meu sorriso por mais uns dez minutos!
Andar na feira e guardar aquilo tudo em um lugar melhor da memória... Chupar melancia e deixar só o branco da casca olhando aquelas velhas charretes com seus cavalos cansados...
Coisa que em poucos lugares eu vou ver...
Ouvir Luann dizer meu nome!
Senti-lo puxando meu cabelo...
Ir no cemitério e me certificar que está tudo na mais perfeita ordem. Sentar sobre um túmulo que eu conheço bem e devanear...
Molhar plantas, retirar as que atrapalham, fazer bouquet...
Ir no hospital e ver os olhos de Carlinhos brilharem por trás da dor...
Guanambi tem muita coisa pra contar, e eu tb.
Às 15:32, há alguns metros da rodoviária, o ônibus pára.
Paulinha me olha e diz: me lembra de nunca mais viajar contigo... Eita falta de sorte!
Falta de sorte é o caralho! Eu sou muito é sortuda, imagina se esse trem quebra lá na curva da morte, hein!?! – eu me defendendo. Ou defendendo a minha sorte, não sei.
A questão é, saímos da rodoviária, novamente, às 17h.
E eis que o ônibus não quebrou mais, mas eu não dormi – tive calor – os amortecedores do velho carro de transporte intermunicipal tavam... quer dizer, eles não tavam. Se existiram algum dia, esse dia foi há pelo menos meio século.
Mas isso tudo valeu...
O peso que carreguei até o táxi valeu a carne de sol, lingüiça da roça, o queijo, requeijão, alho de verdade e doce de leite que trouxemos.
Os outros quinhentos quilos que Paulinha levou até o táxi valeu cada livro que trouxemos de lá pra atualizar a leitura – ou somente pra olhar pra estante e pensar “quando será que eu lerei cada um deles?”
Nhan... a muchilona que trouxemos com as roupas de Marquinhos que ficaram lá não valeu de nada!
Nada mesmo...
Andar por aquelas ruas e saber que muita coisa – ou nada – havia mudado foi muito bom!
Andar pela Humberto de Campos – rua do fundo de minha casa – e ver que tinha um prediozão legal e novo lá me deixou com um sorriso de felicidade;
Andar um pouco mais e ver Pio – aquele primo ícone que não faz nada desde sempre – seguindo a mesma rotina de molhar a grama da frente da casa dele SENTADO firmou o meu sorriso por mais uns dez minutos!
Andar na feira e guardar aquilo tudo em um lugar melhor da memória... Chupar melancia e deixar só o branco da casca olhando aquelas velhas charretes com seus cavalos cansados...
Coisa que em poucos lugares eu vou ver...
Ouvir Luann dizer meu nome!
Senti-lo puxando meu cabelo...
Ir no cemitério e me certificar que está tudo na mais perfeita ordem. Sentar sobre um túmulo que eu conheço bem e devanear...
Molhar plantas, retirar as que atrapalham, fazer bouquet...
Ir no hospital e ver os olhos de Carlinhos brilharem por trás da dor...
Guanambi tem muita coisa pra contar, e eu tb.